sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Fé...

Cada um de nós tem sua crença, sua fé, sua esperança em algo ou em alguém. Não importa se temos uma religião a seguir, ou se seguimos nossos próprios conceitos ou filosofias. O que importa é o amor que sentimos por algo muito maior do que nós. Não só nos momentos que estamos fraquejando perante os obstáculos, mas nas alegrias diárias, nas emoções, na energia vital.

Acredito em Deus. Acima de tudo. Também acredito que não  precisamos estar fisicamente em um recinto sagrado para nos conectar ao Amor Divino. Ele está sempre dentro de nós, pulsando, vivendo, crescendo com total intensidade.

Tive a oportunidade, há alguns anos, de fazer uma viagem para alguns lugares importantes para o catolicismo pela Europa. Sempre adorei a imagem de Nossa Senhora de Fátima. Fiz minha primeira comunhão em uma igreja em São Paulo dedicada a ela. Acho que, a partir disso, minha adoração à Nossa Senhora de Fátima cada vez aumentou. Estive em Fátima, Portugal, e tive o prazer de participar da procissão à tarde, e depois, da procissão das velas à noite. A emoção de estar naquele lugar repleto de pessoas com a mesma fé Nela é indescritível. Parece que, quando a imagem Dela passa por nós podemos sentir realmente Sua luz, calma, paz, acolhimento. Seu amor.




sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Momento especial...

Este mês de novembro tem um significado diferente para mim nestes últimos três anos. Foi um momento em que tive que lidar com uma situação que mudaria completamente minha vida.

Quem conhece minha família sabe que passamos dez anos em uma luta diária com meu pai, desde que soubemos de seu mieloma múltiplo. Foram tratamentos e mais tratamentos, transplantes, apoios, paciência. Dedicação e amor por ele. Em todos os momentos. Ele nunca, realmente nunca se deixou abalar pela doença. Trabalhava diariamente e incessantemente, só parando mesmo quando estava extremamente ruim fisicamente.

Uma doença muda a nossa vida. Ou paramos para pensar e analisar o que está errado e procuramos melhorar estes aspectos, ou simplesmente nos deixamos levar e acabamos com tudo que construímos para nós mesmos. Ele mudou. E muito. Se tornou mais alegre, brincalhão, fazia piadas (até mais do que era antes da doença). Aprendeu a ter mais paciência, a não esperar tanto da vida. Parece que vivia um dia de cada vez.

Foi então que a doença realmente atacou, por assim dizer. No ano de 2007 ele lutou com todas as suas forças para vencer, mas ele sabia que não tinha mais jeito. É uma doença que não tem cura. Foi internado nesta mesma época do mês de novembro, ficando em estado de coma induzido por três semanas.

Ele não tinha como se comunicar fisicamente, mas conversávamos muito através do Reiki. Conseguia vê-lo me dizendo no começo que não conseguia ver nenhum tipo de luz, mas que tinha a presença dos meus avós maternos ali. Ele estava sendo preparado de alguma forma para sua partida.

Até que, na última semana ele me disse que estava pronto para partir. Que sentiria muita falta de nós, e que já tinha conhecido meus filhos. É isso mesmo. Eu estava no oitavo mês de gestação de gêmeos.

Ele partiu no início de dezembro. Meus filhos nasceram exatamente um mês depois. Tenho certeza que houve este encontro entre eles.

Aprendi que na vida existe os ganhos e as perdas. Parece que precisamos perder algo para ganhar alguma outra coisa na vida. Perdi meu pai fisicamente, ganhei minhas preciosidades.

Sei que ele está bem agora. Mas é inevitável não sentir sua falta. Dos almoços, da hora do café no escritório, de como ele nos chamava para almoçar, de como brincava com os cachorros, de como ria e fazia palhaçadas.

Meu querido pai, onde quer que você esteja, te amaremos eternamente. Obrigada pela sua vida presente na nossa.