sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Remembrance Day

Eu aprendi sobre este dia através do meu marido, que é canadense. Seu pai foi prisioneiro de guerra na Segunda Guerra Mundial, porque ele era um militar e foi capturado pelos alemães. Ele ficou no campo por quatro anos. Foi uma época muito, muito difícil para ele, e é claro para a família do meu marido. Sua mãe teve que cuidar das crianças sozinha durante a guerra.

Então, hoje é o dia de lembrar de todas aquelas pessoas que, por alguma razão, estiveram em uma guerra.

Este dia é particularmente para lembrar da Primeira Guerra Mundial, que terminou em 11 de novembro de 1918, quando as armas cessaram fogo às 11 horas da manhã.

A papoula de papel que as pessoas vestem (pede-se para os canadenses usarem-na no lado esquerdo) representa as flores vermelhas que cobriam os campos no nordeste da França, onde os mortos das batalhas mais sangrentas da Primeira Guerra Mundial foram enterrados. Em muitos países, as papoulas de papel são vendidas para arrecadar dinheiro aos veteranos.



segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Opening my heart about blog's world

Começei este blog há pouco mais de um ano. Tenho feito algumas mudanças, tentando deixá-lo com a minha cara, minha personalidade.

Têm alguns blogs que tenho seguido há um bom tempo, outros que descobri há pouco, principalmente através do Pinterest. E o legal disto tudo é que a gente vai percebendo como é a vida das pessoas, como elas gostam de se expor, de contar sobre suas coisas.

E por causa disto, principalmente pelo Pinterest, descobri pessoas e blogs também que eu nem imaginaria que teria algum tipo de contato. E, por este motivo, as pessoas acabam se aproximando.

Às vezes fazemos um comentário em alguma postagem, muitas vezes concordando com o assunto. Na maioria das vezes, a gente até tem uma resposta da pessoa, mas, algumas pessoas simplesmente ignoram. Aí o que acontece? Aquela imagem que eu tinha daquela pessoa muda. Muda porque parece que a pessoa não se importa muito.

Mas por que isso? Acho que, nos dias de hoje, se alguém tem um blog, é para se expressar, mostrar seus trabalhos, seus sentimentos, compartilhando assim sua vida. E está também consciente que isto será exposto, as pessoas lerão, e também se expressarão.

Voltando ao assunto, quando eu entro em outros blogs, procuro perceber o que é importante para estas pessoas. Muitas vezes o layout parece ser prioridade. Outras vezes parece ser a quantidade de postagens que as pessoas fazem durante uma semana. Além dos patrocinadores, que parece que forçam a pessoa a mostrar o produto patrocinado de alguma forma. Mas, são poucos os blogs que vejo onde as pessoas se expressam realmente, sem contar a quantidade de postagens, e sim falar com o coração, sobre suas vidas, suas emoções.

Eu encontrei esta postagem sobre cestas de tecido, e, por causa disto, naveguei no blog. Vi uma postagem sobre as tais "doações" ou "presentes" dos patrocinadores. Ela explicou exatamente sobre o que é isso, se é que você já viu em algum blog. Isto tem acontecido principalmente nos blogs mais visitados e populares, principalmente nos que são de artesanato. Os patrocinadores mais comuns neste universo de artesanato são os de tecidos e os de cortadores de tecidos (as famosas "cutting machines"). Por causa desta declaração dela, ela foi contactada pela mesma empresa que fabrica estas máquinas e pediu que ela fizesse um teste em uma delas (claro que a mais barata). Bom, o resultado foi impressionante. Ela disse exatamente sua impressão, principalmente os problemas que ela teve ao usar a tal máquina.

É claro que, quando uma pessoa recebe um produto do patrocinador, ela não quer falar mal, porque está ganhando dinheiro. Nunca vi, neste tempo todo, alguém dizer sobre um problema de tal produto fornecido pelo patrocinador. Por que este medo? Será que não quer perder o lucro?

De qualquer forma, quando começei este blog foi para contar um pouco sobre minha vida, minha família, meus artesanatos. Não tenho intenção de me vender para este tipo de coisa. Quero poder contar com meus leitores fiéis para que sempre naveguem por aqui e voltem para me visitar.

E garanto que, este blog pode sofrer algumas alterações visuais, mas nunca a personalidade. Posso não postar com freqüência, principalmente pela vida doméstica agitada que eu tenho (casa grande, marido, dois filhos gêmeos lindos e maluquinhos, cachorro, pouco tempo para mim, etc.), mas, quando eu o faço, é sempre com carinho, com dedicação, com respeito a quem está do outro lado, passando por aqui, e lendo o que eu tenho para dizer.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Post Halloween

Há algumas semanas contei aos meninos uma estória sobre bruxas. É de um livro com coletâneas de estórias do mundo. Um deles ficou com um pouco de medo, e falou sobre a estória por um tempo. Quis que eu contasse para a avó a estória. Então, ontem foi o dia de falar sobre bruxas.

Falamos que era a noite das bruxas, que elas estariam voando a noite toda nas vassouras, felizes, e procurando uma casa para aterrorizar. Até mostrei uma pequena vassoura que tenho para eles, e disse que foi de uma outra vez que elas passaram por aqui e eu consegui pegar a vassoura, e a bruxa teve que ir embora correndo daqui (acredito que não foi uma boa ideia, meu marido sugeriu que eu mostrasse a vassoura no dia seguinte, contando a mesma coisa...). Enfim, eles foram dormir com medo, mas, antes, quiseram ter certeza que eu colocaria um pedaço de bolo e uma bacia com água na soleira da porta e também uma tranca na porta. Por que isso? Bom, leia a estória abaixo e você entenderá sobre o que eu estou falando...


"A Noite das Bruxas"

Certa noite, bateram à porta e uma tranquila dona de casa a abriu, deparando-se com um bando de bruxas chifrudas, que entraram, uma atrás da outra. Quando a última delas entrou, a dona de casa as contou e viu que, em sua sala, havia doze bruxinhas chifrudas rindo e conversando sem parar. Tentou falar, mas percebeu que estava muda:

"Estou com fome, prepare um bolo." A dona de casa obedeceu.

Outra lhe disse: "Estou com sede, mulher, traga-me água do poço."

A dona de casa foi até o poço carregando um balde. Quando se debruçou para apanhar água, ouviu uma voz chamá-la. Era uma noite sem luar e ela não via ninguém. A voz lhe disse:

"Vá até o lado de sua casa que aponta para o Norte e grite três vezes: 'A montanha das bruxas pegou fogo!'"

Ela cumpriu a ordem. Quando as bruxas ouviram seus gritos, começaram a guinchar e rodopiar. Apanharam as vassouras e sumiram no céu. Então, a dona de casa lembrou-se da voz misteriosa. Quem a teria ajudado? E a voz lhe disse:

"Eu sou o Espírito das Águas. Moro em seu poço e protejo sua casa. Não pense que seus problemas acabaram. As bruxas voltarão. Você precisa se preparar. Faça o seguinte: lave os pés de seus filhos numa bacia e depois ponha a bacia com a água na soleira da porta. Pegue o bolo em que as bruxas tocaram, dê um pedaço dele a seus filhos e depois ponha-o também na soleira da porta. Por fim, coloque uma trava de madeira na porta.

As bruxas retornaram na mesma noite. Mas, quando chegaram à soleira da porta, viram a bacia com a água suja.

"Saia daí, água suja!", elas gritaram.

"Não posso", respondeu a água. "Derramei na grama, sou de quem me ama."

"Saia daí, trava de madeira!"

"Não posso" , respondeu a trava. "Estou trancada, toda atravancada!"

"Saia daí, bolo!"

"Não posso", respondeu o bolo. "Estou doce e cremoso. Sou todo do menino guloso."

As bruxas desapareceram, mas deixaram cair um manto que ficou pendurado numa cerca. Já se passaram quinhentos anos e o manto continua guardado num baú secreto, escondido num quarto na casa dessa mesma família.

("Celtic Fairy Tales", by Joseph Jacobs, 1892)